sábado, 31 de março de 2012

A tarde do sol negro

São 14 horas
O que antes era manhã ensolarada
Se faz agora tarde escura
O céu cai sobre a cidade
E a chuva vem
Vem limpando os canos
Entupindo bueiros
Varrendo os planos
Estava tudo certo
Tudo programado
Mas a chuva varreu
Como se fosse impuro
Como se fosse pecado
Agora eu
Simples humano
Humilde mortal
Desafio Deus e o mundo
Calo essa chuva
E na rua faço minha folia
Um dia
Eu ainda te tiro desse inferno
Fujo contigo
Pra um lugar onde só chova
Pra você ficar um pouco mais
Aí sim
Troco de bem com deus
Ou seja lá quem for o responsável
Espero que esse tempo passe
E que essa chuva só volte
Pra nos fazer prisioneiros
Prisioneiros um do outro
No meu quarto
Na minha cama
Escutando a batucada de qualquer carnaval

2 comentários:

Lohan Lage disse...

Dá-lhe Lucas!

Mas não deixem a chuva estragar os planos de vocês! Os poetas dançam na chuva! E na cama também vale, claro...rs

Abração!
Lohan.

T. disse...

Lindissimo, Lucas!
Principalmente em dias de chuva constante... e ausência de carnaval.