sábado, 20 de agosto de 2011

Comentários, notas e anúncio do Campo Platônico do Top 3 (Semifinal)

APRESENTAÇÃO:

Jurados: Ângelo Farias, Ludmila Maurer e Nilto Maciel.
Jurados convidados: Flávia Rocha, Manuel de Castro, Marcelo Diniz e Tavinho Paes.

Fim do suspense! 
Valerá a pena ter esperado tanto por esta postagem. Está incrível! Semifinal do I Concurso de Poesia Autores S/A: uma etapa decisiva desta competição que vem construindo um pilar inovador neste terreno virtual, na história dos blogs. Ivanúcia Lopes, potiguar de 24 anos; Léon Bloba, carioca da gema, de 23 anos; e O Velho, também do Rio de Janeiro, de 50 anos: hoje, um desses candidatos garantirá a sua vaga na Grande Final, que será realizada na semana que vem.
Hoje convidamos quatro jurados muito especiais: Flávia Rocha, Manuel de Castro, Marcelo Diniz e Tavinho Paes. Três excelentes artistas, muito renomados, com belos projetos desenvolvidos. A semifinal merecia! Além, claro, dos nossos queridos jurados oficiais, que estão desde o começo do concurso acompanhando o desenvolvimento dos poetas.
A seguir, um pouco sobre os jurados convidados e as maravilhosas entrevistas-aulas que foram realizadas com eles. Está imperdível. Boa leitura!

ENTREVISTA COM MANUEL ANTONIO DE CASTRO

Manuel Antonio de Castro nasceu em março de 1941, em Portugal. Em 1952 emigrou para o Brasil. Em Minas Gerais - cursou ensino médio com os frades franciscanos. De 1962 a 1964 fez o curso de filosofia no Rio Grande do Sul, tendo como professor Dom Cláudio Hummes. Sai do convento e em 1965 cursa durante um ano Sociologia na UFRJ (antiga FNFi). Sai e faz o curso português-francês, terminado em 1969. Convidado pelo prof. Eduardo Portella, torna-se professor da UFRJ em 1970. De 1971 a 1973 faz o Mestrado e se torna Mestre, com a Dissertação: O homem provisório no grande ser-tão. Uma leitura de Grande Sertão: veredas. Em 1976 faz concurso para Assistente na UFRJ. Em 1975 inicia o doutorado e com a tese O acontecer Poético - a história literária, obtém o título de Doutor em Letras. Por concurso, em 1998, se torna Titular de Poética, dando continuidade à sua travessia. Suas pesquisas e publicações desenvolvem uma Poética da Poiesis, voltada para a integração de Pensamento e Poesia. Leciona nos Cursos de Pós-Graduação e orienta Dissertações de Mestrado e Teses de Doutorado no Programa de Ciência da Literatura, na Área de Poética, da Faculdade de Letras da UFRJ. É  autor de um dicionário digital de POÉTICA E PENSAMENTO, cujo endereço é: www.dicpoetica.letras.ufrj.br . Fez 70 anos agora e por isso está aposentado da Universidade, mas neste semestre está dando um curso na pós: A história do sentido da arte. É às 5as. feiras no horário de 10:30 às 13:00. Há os alunos inscritos oficialmente e os que são ouvintes. Se alguém quiser participar sinta-se convidado. Neste semestre estão sendo publicados dois livros com ensaios em sua homenagem: um de professores amigos e outro de ex-alunos. Além disso, publicará um livro de ensaios: Arte: o humano e o destino. Administra o blog http://www.travessiapoetica.blogspot.com/

Lohan: Olá, Manuel. É um prazer imenso recebê-lo aqui no Autores S/A. Você é autor da tese de Doutorado ''o acontecer Poético - a história literária''. Manuel, afinal, o que é o acontecer poético, na sua concepção?

Manuel: O sub-título é: A história literária. De uma maneira geral, o que se ensina como história da literatura é muito dispersivo e fraco, pois fala-se de tudo, só as obras não falam. E sem a fala das obras não há poesia, não há obra de arte. Então, nesse sentido, a história literária tem de ser diferente da mera historiografia, porque o centro tem de estar nas obras. São elas que fazem a história. Mas então ela será um acontecer. Todo acontecer é a eclosão do sentido histórico e ontológico do ser humano na realidade. Sendo ontológico, é poético. Portanto: acontecer poético. É o que chamo de onto-lógico. Onto diz o próprio de cada um, pois cada um diz: "eu sou". Não é o "eu" que faz o "sou", mas este é que possibilita o que cada um é enquanto um "eu". O próprio são as propriedades ou possibilidades de chegar a ser o que já desde sempre cada um é. Realizar essas possibilidades é a nossa tarefa poética. Todos somos potencialmente  poetas. Já o lógico vem do verbo grego legein, de onde se originou, via latim: legere, o nosso ler. E o que quer dizer? Por, ocupar uma posição no silencio. Essa posição do e no silêncio permite a fala, por isso o seu segundo sentido é reunir e o terceiro é dizer.Dizer é proclamar a reunião e ordem, sentido do que se põe, das diferentes posições em que a realidade se manifesta.  Mas os três vigoram na unidade da linguagem. A linguagem é o sentido do ser. Portanto, ontológico é advir ao sentido do que se é enquanto próprio. A linguagem (vigorar do dizer) enquanto sentido é o poético. Daí o título: Acontecer poético. 

Lohan: Manuel, você elaborou um belo trabalho virtual, que é o dicionário digital de Poética e Pensamento, cujo endereço é (www.dicpoetica.letras.ufrj.br). Como surgiu a ideia desse trabalho? E como ele é elaborado por você, existe alguma metodologia?

Manuel: A ideia é muito antiga, comecei em 1984 fazendo fichas com passagens importantes de grandes autores. Fui acumulando fichas. Na década de 90 surgiu a oportunidade de usar o computador para publicar textos. Então um dia notei que poderia passar as fichas para um computador e fazer um dicionário virtual, digital. O difícil era o programa. Um dia, conhecendo a WIKIPEDIA, me informei e me disseram que o programa era gratuito. Consegui o programa e o tutorial e um alunos da graduação da UFRJ se propôs a estudar o tutorial. Um grupo de alunos e monitores foram digitando as fichas. E assim surgiu o dicionário. Porém, ele é diferente dos diconários existentes, como é explicado logo na primeira página. Acho que a inovação principal está em duas facetas: não é semântico, não se guia por uma hierarquia ou sequência de significados; por isso pode crescer indefinidamente. É o que está acontecendo. A qualquer hora e dia posso incluir novos verbetes e novas fichas em cada verbete. Ainda ontem à noite incluí duas sobre caos. É só conferir. Eu não abri para que qualquer pessoa possa incluir verbetes ou fichas para conservar uma certa unidade ou linha de pensamento criativo, poético. Sugestões podem ser mandadas que, depois de examinadas, serão incluídas ou não.

Lohan: Pra terminar, deixe, por favor, uma mensagem aos 3 poetas semi-finalistas deste certame, que foi tão disputado até aqui.

Manuel: No filme de Wim Wenders, “Tão Perto, tão longe”, o anjo e a anja, em determinado momento, dizem: Somos os mensageiros, não somos nada, não somos a mensagem. A mensagem é o Amor. E o que é então o Amor? É, diria para os poetas, que ele é a fonte de todo e qualquer poema. Mas como poético, o Amor é éros, a força irradiante e manifestadora de toda a realidade.  Portanto, do que somos e não somos, de nosso próprio. Como poetas, deixem-se tomar pelo Amor que manifesta e faz acontecer a realidade, daquilo que é e daquilo que não é, daquilo que somos e não somos. Então os poemas serão o acontecer do sentido do que somos e  falarão a partir do vigorar do silêncio, fonte de toda fala do sentido poético. Sem escuta do silêncio não há poesia, não se produzem poemas poéticos. É um desafio, mas que vale a pena. 

ENTREVISTA COM FLÁVIA ROCHA:

Flávia Rocha nasceu em São Paulo em 1974. Jornalista, formada pela Fundação Cásper Líbero, trabalhou nas redações das revistas Casa Vogue, Carta Capital, República e Bravo!, e atualmente colabora com diversas publicações. É autora dos livros de poemas “Quarto Habitáveis” (Confraria do Vento, Rio de Janeiro), a ser lançado no final deste mês, e o bilíngue "A Casa Azul ao Meio-dia/ The Blue House Around Noon" (Travessa dos Editores, 2005). Tem mestrado (M.F.A.) em Criação Literária/Poesia pela Columbia University e é editora-chefe da revista literária americana Rattapallax, com sede em Nova York (www.rattapallax.org). Editou antologias de poesia brasileira para as revistas Rattapallax (EUA), Poetry Wales (País de Gales) e Papertiger (Austrália), entre outras. Fundou, com seu marido, Steven Richter, a Academia Internacional de Cinema (www.aicinema.com.br), escola de cinema localizada em São Paulo, onde, entre diversas atividades, desenvolveu um curso de Criação Literária. Morou em algumas cidades de que sente saudades: São Paulo, Niterói, Curitiba, Nova York, e hoje vive em Portland, Oregon, nos Estados Unidos.

Lohan: Olá, Flávia. É um prazer recebê-la aqui no Autores SA.  Você fez Mestrado em Criação Literária. De acordo com sua experiência como pesquisadora da área, e como poeta, qual é o melhor caminho para a criação poética? Se não existe caminho, existe ao menos algum artifício técnico que seja fundamental para o poeta?

Flávia: Tem duas coisas que todo mundo que quer levar literatura a sério precisa fazer continuamente (e todo mundo já sabe): ler e escrever. Ler criticamente, escrever criticamente. A tendência de todo escritor é, naturalmente, gostar daquilo que escreveu -- mas nosso ego não costuma ser nosso melhor crítico. A melhor forma de nos protegermos do nosso ego é estudar e explorar o que existe no mundo lá fora. Escrever bem é um talento adquirido, uma arte — e como tal requere aplicação, habilidade, experimentação de seus meios e possibilidades estéticas, conceituais, formais. Há escritores que defendem o autodidatismo na literatura — o caminho mais “romântico” e isolado. Eu penso que a experiência literária é mais profunda quanto mais externizada. Sou a favor das oficinas literárias, da troca de idéias, das leituras, dos blogs, dos fóruns, do intercâmbio de textos, dos concursos, de experiências de laboratório como mecanismos de aprimoramento da escrita. As oficinas proporcionam tudo isso. Fornecem leituras enquanto processo. Indicam caminhos, alguns atalhos que talvez sozinho você não viesse a encontrar. E, claro, desconstroem o seu ego, no bom sentido.

2. Flávia, você também lida com a área cinematográfica. Muitas pessoas dizem que preferem assistir o filme a ler o livro cujo filme foi baseado. Como você vê a transposição de obras literárias para as telas do cinema? Neste mundo onde o imagético reina, isso é favorável para a literatura?

Flávia: Um não elimina o outro, complementam-se.  As adaptações para o cinema abrem as possibilidades de expressão de uma obra originalmente literária — destacam-se dela, para transformarem-se em outra coisa. A música desde sempre serve-se da literatura da mesma forma que o cinema serve-se da música e da literatura. Um desdobramento. Cada meio com suas especificidades e limitações. Tenho uma postura liberal, não conservadora, para com as artes, a vida em geral. Olho com curiosidade e entusiasmo para as transformações da linguagem, para as intervenções tecnológicas. O cinema se serve de muitas artes e linguagens, e a literatura é uma fonte inesgotável. Se você vai ver um filme esperando que corresponda exatamente ao livro de que a história foi adaptada — você vai certamente se desiludir. Pior ainda se você tentar fazer um filme que corresponda ao livro— já começou mal. As boas adaptações conhecem bem as vantagens e limitações da sua linguagem, e extraem o melhor delas. Favorável para a literatura? Eu diria, favorável para a obra, pois ganha novas matizes de expressão. Em termos de mercado, pode ajudar a vender livros, sim.

3. Pra terminar, deixe uma mensagem aos poetas semifinalistas, cara Flávia, orientando-lhes em como ser um vitorioso com vossas poesias neste mundo onde se lê tão pouca poesia.

Flávia: Escrever poesia — quem escreve sabe — faz você se sentir vivo, vitorioso de alguma forma, mesmo que íntima e internizada. A poesia é o fim, em si mesma, e é só assim que ela acontece verdadeiramente. Depois, fora da poesia, há a fase social, em que o poema deixa de pertencer a você, cai no mundo — um mundo pequeno? -- não, o mundo da poesia é gigantesco, pois atravessa séculos. Tive um professor, o poeta americano Edward Hirsch, que diz sempre que o poeta não vive exclusivamente no seu tempo, sua vivência poética acontece ao longo de toda a história. Ler Drummond é estar com Drummond. O tempo se dissolve. E se formos pensar exclusivamente no mundo de hoje, também é enorme. São inúmeras revistas, blogs, sites, eventos de poesia acontecendo todos os dias mundo afora. E principalmente gente escrevendo poesia, em toda parte, no silêncio do papel (contemporaneizando a metáfora: no silêncio das telas de computador). Aos semifinalistas: é um prazer encontrar vocês por aqui!


ENTREVISTA COM MARCELO DINIZ

Marcelo Diniz, poeta, letrista, tradutor e professor do Departamento de Ciências da Literatura da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Publicou “Trecho” (Aeroplano e Fundação Biblioteca Nacional, 2002) e “Cosmologia” (Sete Letras, 2004). Assina parcerias nos cd de Fred Martins.

Lohan: Caro Marcelo, é um prazer tê-lo aqui no Autores S/A como jurado convidado. Você é um dos melhores sonetistas contemporâneos brasileiros, segundo o poeta Roberto Bozzetti. Como você avalia a construção poética nos dias de hoje? O soneto ainda mantém seu fôlego em meio a tantas inovações poéticas ou vive-se a era da poesia rápida, sem qualquer métrica?

Marcelo: Primeiramente, sou grato pelo convite dessa entrevista. Grato também pela generosidade do julgamento sempre suspeito de um grande amigo como o Roberto Bozzetti. Particularmente, tenho minhas reservas quanto a esses adjetivos hiperbólicos como “um dos melhores”, que mais me parecem atender ao julgamento de atletas do que o da própria poesia. A construção poética de hoje é, como sempre foi, plural. A rapidez e ausência de medida são qualidades que me parecem superficiais a se observar nessa pluralidade. Um poema breve, aliás, o soneto é considerado uma forma breve, sempre exige uma temporalidade de recepção que poderíamos, com a mesma superficialidade, afirmar ser longa. Essa temporalidade da reflexão de um poema, a meu ver, é justamente o que se pretende imortal no poema, ou seja, sua a temporalidade. Se, de uma maneira um tanto generalizada, vivemos um tempo de diluição e rapidez, a arte me parece exigir de quem a faz e de quem frui certa paciência, a paciência de uma duração que nos faça leitores e autores de um universo de linguagem que pode se medir em séculos, e que exige certa cultura de leitura de fôlego, digamos, cetáceo, um pulmão de mamífero capaz de atravessar oceanos.

Lohan: Marcelo, nesta rodada, um dos temas é o ''amor''. O romântico ainda tem seu espaço na poesia hodierna? O amor continua sendo o tema mais universal e praticado que existe na poesia?

Marcelo: Creio que um fator fundamental da arte é justamente o da abolição da temporalidade linear e sucessiva que faça com que o passado encontre um lugar definitivo e clarificado na História (essa ficção de H maiúsculo). A arte não reconhece o passado como passado, ela se constitui na contemporaneidade de seu gesto. A relação da arte com o tempo é de ordem não sucessiva, ressuscitadora portanto, uma espécie de desfribilador constante das tradições e do que a temporalidade linear insiste em enterrar e esquecer. Nesse sentido, não vejo o que na arte não tenha mais lugar.

Lohan: Qual é a sua relação com a música, Marcelo? Você diria que letras musicais podem ser considerados poemas?

Marcelo: Minha relação com a música se inicia com minha relação com os músicos. Meu ouvido foi iniciado no jazz pelos amigos de adolescência Fred Martins e Marcelo Martins. Minha educação musical é totalmente relacionada ao aprofundamento de minha amizade com Fred, meu parceiro quase absoluto em meu trabalho como letrista. Considero a música como a arte mais linfática de nossa cultura, aquela que se encontra presente mesmo quando não estamos atentos a ela. Isso que para muitos músicos e teóricos significa uma perda de prestígio e banalização, para minha modesta opinião de leigo em termos de música, é um poder, uma espécie de onipresença da música em nossas vidas. Não acho que todas as letras possam ser consideradas poemas. A letra é um texto cuja finalidade não é o próprio texto, é um texto que é parte de uma estrutura maior e que por vezes prescinde da própria letra. O poema, não: a finalidade do poema é o próprio poema, sua musicalidade é interna e autosuficiente. Essa diferença abstrata que considero aqui, no entanto, não abole o fato de que cada caso é um caso.

Lohan: Por fim, deixe uma mensagem aos poetas. Como ser um poeta vitorioso em seu ofício?
Marcelo: Ler. Ler para sempre. E, sobretudo, reescrever. Não há vitória nesse ofício. Há a alegria decerto, um afeto cuja finalidade se encontra nele mesmo.

ENTREVISTA COM TAVINHO PAES:

Tavinho Paes é compositor e produtor (indústria fonográfica). Escritor (peças teatrais, poemas, romances). Roteirista (cinema, televisão). Jornalista (serviços de informação); WebMaster & webDesigner. Artista plástico. Formado em Economia (PUC-RJ = 1973/1976) e Comunicação (PUC-RJ =1976/1977). Fundador da gravadora Indie Records e do CEP 20Mil. Compositor e Produtor Musical; webMaster HTML; Produtor Gráfico. Editor Literário; vídeoMaker Independente; Vendedor de Livros. Realizador Independente; Produtor Cooperativo; Diretor Intuitivo. Crítico Compulsivo; Político Amador; Jornalista Obsessivo. Performer; Improvisador; Poeta em todos os sentidos. Tem mais de 100 booklets e panfletos, realizados desde 1973, sempre em produção e distribuição independente. Primeira publicação por editora: "OS MOMOSSEXUAIS", Ibis Libris, março/2007. Produziu o Audiobook TAWHISKY GUERRA – Venda promocional on-line. Fundador do grupo Poema-Terror (1976), com Demétrio Gomes e Torquato de Mendonça. Fundador do Cep 20.000, com Chacal, Carlos Emílio Lima e Guilherme Zarvos (1991). Diretor e Produtor dos eventos: poemaShow (2003/2005) e cinePoesia (2006). Curador da Poesia no evento Semana Cultural de Santa (2005). Diretor e Produtor do Festival Poesia Voa (com Bruno Cattoni - 2005/2006). Tem mais de 250 registros gravados por artistas como: Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Gal Costa, Marina Lima, Marisa Monte, Rita Lee, Lulu Santos, Lobão, Skank, Ney Matogrosso, etc... Compôs sucessos como: “Totalmente Demais”, “Linda Demais”, “Radio Blá”, “Sexy Yemanjah”, etc. Produziu trilhas musicais para filmes como “Navalha na Carne” e “Luzia Homem”, entre outros. Dirigiu vídeo-clips para MTV para artistas como: Hanói-Hanói, Lobão, Telefone Gol, Bantus, entre outros. Criou e dirigiu musicais para a Mutante Night-Club como O Corôa & A Gatinha. Escreveu textos para todos os grandes jornais do eixo Rio-São Paulo e colaborou com vários jornais de outros estados por períodos regulares. Editor de O PASQUIM, entre 1985/86 e da revista cultural RioCapital (1998). Colaborou com os jornais El Clarin (Argentina) e O Mundo Português (Portugal). Pertenceu ao quadro de articulistas de independentes como OPINIÃO (1977), Bondinho (1975), Jornal de Ipanema (1979), O NACIONAL, entre outros. Colabora com jornais eletrônicos, tendo sido editor dos extintos Cult Link e PasquiNet.

Lohan: Olá, Tavinho Paes. É um imenso prazer recebê-lo aqui no Autores S/A. Poeta, jornalista, artista plástico, já compôs para vários artistas de renome (Lobão, Caetano Veloso, Marisa Monte, Rita Lee, Ney Matogrosso, Roupa Nova, etc.), posso considerá-lo um dos artistas mais versáteis do Brasil. Qual faceta artística lhe proporciona maior prazer? Uma se complementa à outra?

Tavinho Paes: Todas se complementam, mas atuar falando, de improviso, em performance (prefiro palestra-show) ... Isso é demais! 

Lohan: Como você vê a relação da Internet, hoje, com a poesia? Na sua opinião, quais são as vantagens e as desvantagens na disseminação da poesia neste veículo, a Internet? Você acredita que concursos de poesia virtuais, desse formato, são válidos?
Tavinho Paes: A internet terá invariavelmente os dois lados da moeda sempre que você a girar. O mais positivo é a liberdade de informação que você tem. O negativo é que, mesmo podendo ser acessado por milhões de pessoas ao mesmo tempo, você só pode acessar uma pessoa de cada vez. 

Lohan: Pra finalizar, que mensagem você deixa aos poetas que estão rumo a Grande Final deste concurso de poesia virtual?

Tavinho Paes: O concurso é uma estrada que pode te levar a qualquer lugar, portanto, faça como Cristóvão Colombo, que saiu sem saber aonde ia e quando chegou não sabia onde estava... Ou seja: siga em frente, mesmo que seja necessário, de vez em quando, dar um passo atrás!

POEMAS COMENTADOS E NOTAS (DE 05 A 10):
                                  
TEMA: POEMA DE AMOR

Pseudônimo: Ivanúcia Lopes
Poema: Vontade de amor
Ângelo Farias: Progressão temática  um pouco embaraçada e certa aflição com o naif.  Mas com mais tempo pode até sugerir um doce muralismo.
Nota: 7

Ludmila Maurer: Isto me intriga na poesia: quem disse ter alergia à poeira? A moça (eu disse) que compra livros empoeirados, ou o moço(ele disse) que, por ventura, pode ser o par perfeito, pois sofre o mesmo amor mal curado? Interessante ambiguidade, ainda que (talvez) não intencionada.
Nota: 7

Nilto Maciel: Versos como “estava o amor escrito na testa” demonstram que este poeta precisa ser claro para ser compreendido, o que não caracteriza poesia. Em poesia mais vale o não-escrito, o insinuado.
Nota: 5,5

Flávia Rocha: Boa narrativa – embora um pouco prosaica em se tratando de poesia. Poderia ser um pouco mais arrojado na forma, e acho que aqui cortar alguns verbos ajudaria bastante a quebrar o tom prosaico, dando mais ênfase aos substantivos. Mais uma vez, o final está muito bom! Você tem um talento para finais! O salto entre os quatro últimos versos (enjambement), é excelente.  Pensando em substantivos: “chinelo” é um perfeito objeto correlativo – aquele que forma uma imagem viva e se materializa no poema.
Nota: 8

Manuel de Castro: Critérios:
-Quanto à adequação ao tema. Bem adequado. Nota: 2
-Quanto à inovação/renovação/ligação com a vida concreta. As referências à vida concreta são muito evidentes e tematiza algo muito real: a questão da dor amorosa, difícil de fazer desaparecer. Nota: 2
-Quanto à realização poético-formal: ritmo/melodia-fluência. Optou por um tom bem coloquial e quase narrativo. Se torna o ritmo leve e direto, perde em densidade. Nota: Um
-Quanto à densidade temática e vocabular/imagística: Criou uma situação e a desenvolve de uma maneira adequada, mas como adensamento amoroso, podia em algum momento ir mais fundo. Há constatação da dor, mas senti falta de aprofundamento. Nota: Um
-Desautomatização do discurso. Sai dos lugares-comuns do desenvolvimento das temáticas amorosas, mas falta um pouco de ousadia criativa. Nota: 1,5
Conclusão: Um poema que não deixe um verso adentrar com o frescor de novidade o leitor, como fruto da escuta da poesia, tende a agradar e a ser esquecido. Será que o seu poema tem um destes versos?
Nota: 7,5

Marcelo Diniz: Tendência a clichês.
Nota: 5,5

Tavinho Paes: O melhor de todos. Tem humor, foco no cotidiano vivenciado, é delicado sem ser piegas... Gostei mesmo desse!
Nota: 9,5

Total: 50

Pseudônimo: Léon Bloba
Poema: Soma
Ângelo Farias: As boas aliterações e os interessantes jogos de palavras.  Mas a poesia demora para se mostrar.
Nota: 8

Ludmila Maurer: O poema é desenvolvido numa doçura própria de quem ama, diferentemente do amor imagético de um poeta. O esforço pela transcendência nem sempre deve se restringir a um único vocábulo, ou vocábulos espalhados, mas naquilo que o poeta quer sugerir. E, não raro, poucas palavras o dizem em belas associações.
Nota: 6,5

Nilto Maciel: Como no poema anterior, muita pobreza de imagens (“amor tem brilho”, “grandes astros”, “cachos negros”). Além disso, está mais para erótico do que para lírico. Sente-se o excesso de versos.
Nota: 6

Flávia Rocha: Melodicamente este poema está bem mais coeso, com assonâncias muito boas e rimas mais imprevisíveis! Mas tem um tom um pouco conservador sob o ponto de vista da linguagem, com algumas palavras quase-arcaicas, e um pé num romantismo antigo. Como exercício, sugiro tentar tirar dele a areia do tempo e falar como você falaria hoje para uma amada real –poeticamente, claro. Está um pouco “mal du siècle” :)
Nota: 8

Manuel de Castro: Critérios:
- Quanto à adequação ao tema. Está parcialmente adequado, mas a extensão provocou uma certa dispersão, sem muito acréscimo. Nota: 1,5
- Quanto à inovação/renovação/ligação com a vida concreta. Partiu para evocações que não criaram um clima amoroso, como seria de esperar, de novo, a extensão prejudicou. Nota: 1,5
- Quanto à realização poético-formal: ritmo/melodia-fluência. Nota-se o esforço e a realização rítmico-sonora com repetição de aliterações, mas onde os semas nem sempre se adequavam como seria desejado. Nota: 1,5
- Quanto à densidade temática e vocabular/imagística. Há uma certa dispersão que não permite um mover-se, em crescendo, do poema em direção a algo mais criativo e inovador. Nem sempre há fluência melódica. Nota: Um
- Desautomatização do discurso. A não realização no esperado da densidade, da inovação, da força rítmicaconduzindo a um unidade inovadora, se ressentiu porque há uma certa presença de lugares-comuns. Nota: Um
Conclusão: Talvez tenha sido rigoroso, mas que as observações façam pensar e deixar a temática surgir mais naturalmente e presa a uma situação mais experiencial. Faltou simplicidade, a mais difícil criação inovadora.
Nota: 6,5

Marcelo Diniz: Domínio formal. De novo, a extensão enfraquece a intensidade do poema.
Nota: 6,5

Tavinho Paes: Bem curioso, mas, entre os 6 é o mais fraco... O menos impactante.
Nota: 7,5

Total: 49

Pseudônimo: O Velho
Poema: namorada
Ângelo Farias: Boas imagens, mas isoladas deixam escapar algumas dissonâncias entre as estrofes.  Também alguns pontos obscuros.
Nota: 7

Ludmila Maurer: Bom mesmo aqui é o tempo ser um brinquedo.
Nota: 6,5

Nilto Maciel: Este também não alcança o lirismo esperado para o concurso: “sorriso acidental”, “luas azuis”. Muita pobreza de imagens.
Nota: 6,5

Flávia Rocha: Acho que esse poema está redondinho, sincero, escrito de forma direta sem rococós e sem excesso de palavras/versos obviamente poéticos associadas a poemas românticos (mas tem algumas...). Só achei um truque meio duvidoso o “na-morada”. O poema é tão sincero, que o truque soa falso.
Nota: 9

Manuel de Castro: Critérios:
- Quanto à adequação ao tema. Bem adequado ao proposto. Nota: 2
- Quanto à inovação/renovação/ligação com a vida concreta: Há inovação e renovação da temática proposta e a situação se faz presente normalmente em que se sente o amor palpitar. A última estrofe coroa bem o poema e lhe dá uma densidade nova: Nota: 2
- Quanto à realização poético-formal: ritmo/melodia-fluência. Sinceramente não entendi a terceira estrofe, o que ela faz dentro do poema e custei a entender o que querdizer, talvez deficiência minha. Por mim, deixava essa estrofe de fora, pois destoa de todo o poema. Fora essa estrofe tudo caminha muito bem. Nota: Um
- Quanto à densidade temática e vocabular/imagística. No todo, o poema tem uma realização muito simples e tudo está muito adequado... não fosse a terceira estrofe. Nota: 1,5
- Desautomatização do discurso. Não é usando palavras difíceis que se desautomatiza os lugares-comuns, mas dando densidade de pensamento poético ao desenvolvimento do tema. A última estrofe obriga a uma releitura de todo o poema e então a poesia pode acontecer, manifestando no leitor possibilidades novas... não fosse a terceira estrofe. Nota: 1,5
Conclusão: Peço ao autor que se coloque no lugar do leitor e então poderá, talvez, perceber melhor o que disse sobre seu poema.
Nota: 8

Marcelo Diniz: Tendência a clichês.
Nota: 5,5

Tavinho Paes: Tem um lirismo simples e bem fácil de assimilar. É bom.
Nota: 8,5

Total: 51

TEMA: POEMA ERÓTICO

Pseudônimo: O Velho
Poema: navegante
Ângelo Farias: Algumas imagens são difíceis e há mais uma e outra soltas no poema.  Mas a construção sustenta melhor.
Nota: 7,5

Ludmila Maurer: ‘Morre teso e não perde a pose’! Surpreendeu-me o fim com uma gargalhada. Boas imagens, enfim, no TOP 3.
Nota: 8
Nilto Maciel: Mais criativo (no erotismo, as imagens). Além disso, percebe-se um afunilamento (versos), como se o homem se fosse retesando.
Nota: 7

Flávia Rocha: Ótima a metáfora, a viagem pelo corpo, de forma elegante, mas liberada, se é que se pode dizer assim. Bem delicado e sim, erótico! Perdeu um pouquinho apenas na escolha de algumas palavras arcaicas demais... Perde em comunicação com a sensibilidade do presente. Mas está muito bom!
Nota: 9,5

Manuel de Castro: Critérios:
- Quanto à adequação ao tema. Perfeitamente adequado. Nota: 2
- Quanto à inovação/renovação/ligação com a vida concreta. Acho que a ideia dada pelo título remete diretamente a algo experienciável na vida de qualquer leitor e se afirma pela ambiguidade poética. Nota: 2
- Quanto à realização poético-formal: ritmo/melodia-fluência. A sequencia rítmica está adequada à ideia de viagem, uma outra viagem, aquela guiada pela presença de eros. Mas pode ser ainda melhorado, para que se torne mais pregnante. Nota: 1,5
- Quanto à densidade temáticae vocabular/imagística. A imagem do navegante é boa e simples. A densidade surge desde o momento em que a imagística do navio em viagem se dissimula pela presença de eros, como o verdadeiro “navegante”. Para tanto precisa de uma correspondente realização, em que a densidade encontre a sua manifestação. Nota: 1,5
- Desautomatização do discurso. Eros dissimulado em sua viagem apropria-se da linguagem e vai conduzindo o leitor de uma maneira já conhecida, mas também não-conhecida, pois há a dissimulação de eros como ideia motriz, anulando as palavras em seu sentido comum. Em atenção ao que disse na observação anterior, ainda pode ser melhorado. Não basta pegar o leitor de surpresa, é necessário tomá-lo ou como um todo ou com um verso que não se esquece. Nota: 1,5
Conclusão. O “navegante” precisa também navegar mais eros para que ele fale em sua fala e assim o pensamento poético seja todo ele poético-erótico. O poeta não pode falar de eros, deixa eros falar. Nem sempre isso depende de nós. Há o inesperado. Esqueça o poema na gaveta e volte quando achar que algo de novo aconteceu em você, também, certamente, irá acontecer no leitor.
Nota: 8,5

Marcelo Diniz: Tendência a clichês.
Nota: 5,5

Tavinho Paes: Finaliza bem, gostei... Pode melhorar.
Nota: 8,5

Total: 54,5

Pseudônimo: Léon Bloba
Poema: Jogos de Guerra
Ângelo Farias: Poesia com ar habitual.  Alguns clichês salpicam o texto, mas também há boas aliterações e jogos de palavras.  Cuidado maior apenas com incoerências no eixo imagético. 
Nota: 8

Ludmila Maurer: Narrativa longa para um ato suposto sublime. Creio todos os poemas do TOP 3 ainda presos na “armadilha do diabo” - e os senhores poetas já me reconhecem nessa frase – ,  o que os coloca numa pontuação menor. Todos têm estilo, são sabedores da forma. Apenas mais ousadia falta a quem deseja a alma na ponta dos dedos.
Nota: 6,5

Nilto Maciel: Apenas descrição/narração de ato sexual, que os antigos (gregos e romanos) pintaram com mais perícia. Para começar: “descubro um campo de batalha”: que pobreza! O poeta tentou acompanhar o ritmo de uma “trepada”, alongando o poema, mas só conseguiu enfadar o leitor.
Nota: 6

Flávia Rocha: O poema se declara um poema de sons e ritmo, que é produzido em cima de assonâncias e rimas. Cuidado com a cacofonia e com as rimas pobres, em especial as com sufixos idênticos. Um poema ambicioso pelo tamanho e apelo formal, com alguns momentos muito bem conduzidos. Corajoso! Mas com alguns deslizes... Começa em quádruplos e depois se desfaz. Pense na forma, pois esse foi o desafio lançado por este poema desde a primeira estrofe. Mas claro que em uma semana dificilmente um poema fica pronto de verdade. Com as revisões que se seguem, tudo se acerta!
Nota: 7

Manuel de Castro: Critérios:
- Quanto à adequação ao tema: A situação criada leva ao tema. Nota: 2
- Quanto à inovação/renovação/ligação com a vida concreta: O erótico como batalha não é assim fora de uma possível experienciação. Nota: 2
- Quanto à realização poético-formal: ritmo/melodia-fluência. Falta fluência, o gosto do/a poeta pela aliterações nem sempre dão clareza e fluência rítmica. A harmonia semântica está difícil de compreender. Nota: um
- Quanto à densidade temática e vocabular/imagística: Se parte de uma ideia que rende um possível desenvolvimento imagístico, e o faz às vezes, no entanto, isso não trouxe como seria de esperar a densidade temática. Ficou mais no esperado e no sentido ambíguo, mas muito evidente, porque lhe falta um aprofundamento temático. Nota: Um
- Desautomatização do discurso: Se as aliterações podem levar a uma desautamatização, por outro lado, há uma repetição das ideias. Faltou a dissimulação de eros na ambiguidade das situações criadas. Nota: Um
Conclusão. Senti falta da força de eros e suas possibilidades. O gosto pelo jogo vocabular como recurso imagístico não deixou eros vigorar o suficiente.
Nota: 7

Marcelo Diniz: Domínio formal e interessante escolha de associações. A extensão do poema enfraquece sua intensidade.
Nota: 7,5

Tavinho Paes: Um tanto quanto longo e tem melhores finais nos versos inteiros do que no final... Não é ruim, nem mal... É longo, mas funciona bem se recitado/falado corretamente.
Nota: 8

Total: 50

Pseudônimo: Ivanúcia Lopes
Poema: Delicadamente
Ângelo Farias: Simples, reparte o poético com a cena em si e com a descrição poética.  Há pecados textuais – verbos sem sujeito sugerem até um triângulo –, mas nada estridente.
Nota: 8

Ludmila Maurer: ‘Delicadamente’, muito literal. Pontuação retalhada, interrompendo o “movimento’’ corredio, quase numa denotação de aula ao amante.
Nota: 6,5

Nilto Maciel: “Provoca gemidos / latejo e loucuras”. Que pobreza! Apenas descrição de quem vê homem e mulher.
Nota: 5,5

Flávia Rocha: O final está muito bom – é onde, para mim, o poema acontece. Cuidado com os chavões poéticos, e palavras “poéticas” com pouco apelo para a sensibilidade contemporânea, como “vestes”. “caricias”, “capricho”. Por que não usar palavras mais correntes, como “roupas”, “toque”, “detalhe”? O poema tem uma força interna.
Nota: 7

Manuel de Castro: Critérios:
-Quanto à adequação ao tema: O desenvolvimento se prende ao tema. Nota: 2
-Quanto à inovação/renovação/ligação com a vida concreta: A ideia contida no título poderia conduzir para a forte presença de eros. Mas ficou a meio caminho. Nota: 1,5
-Quanto à realização poético-formal: ritmo/melodia-fluência: Vai muito bem no começo, mas por questões de domínio da língua e confusão no registro do falar cotidiano e uma realização mais poético-formal, cai a tonacidade e se dilui em versos sem muita ligação rítmica. Nota: Um
-Quanto à densidade temática e vocabular/imagística: O poema é desigual na realização. Falta trabalhar a ideia e deixar o erotismo aflorar mais em densidade. Nota: Um
-Desautomatização do discurso: Só há verdadeira desautomatização quando o pensamento se deixa tomar pelo vigorar de eros. Não basta ter a ideia, é necessário deixa-lo advir em palavras e em uma forma poética inovadora. Faltou bastante isso. Nota: Um
Conclusão. Espero que as observações acima não desanimem a/o autora/or. Não basta ter a ideia inicialmente muito boa, mas que, vê-se, sente-se, não cresceu o suficientemente.
Nota: 6,5

Marcelo Diniz: Tendência a clichês.
Nota: 5

Tavinho Paes: Bem estruturado enquanto poesia escrita. Tem algo sentimental que vale a pena imaginar o que leva a/o poeta a escrever o que escreveu.
Nota: 9

Total: 47,5

RESULTADO DO CAMPO PLATÔNICO DO TOP 3

De acordo com as notas atribuídas pelos jurados, os dois poetas menos votados nesta rodada, de acordo com a soma das notas de ambos os poemas de cada poeta, que irão disputar no Campo Platônico a permanência na competição são:

*IVANÚCIA LOPES (RN) (Por “Delicadamente e Vontade de amor” – 97,5 pts.)
                                      x
*LEÓN BLOBA (RJ) (Por "Jogos de guerra e Soma" – 99 pts.)

(Acesse o perfil desses candidatos no blog, e saiba mais sobre o histórico deles neste concurso).

Eis o ranking desta rodada (votação dos jurados):
1º O Velho (Por "namorada" e "navegante" – 105,5 pts.)
2º Léon Bloba (Por “Soma" e "Jogos de guerra”- 99 pts.)
3º Ivanúcia Lopes (Por "Delicadamente e Vontade de amor" – 97,5 pts.)

Apenas um (1) desses dois candidatos (em vermelho) irá se salvar, indo direto para a Grande Final. Dirija-se à enquete ao lado e vote naquele que você deseja que PERMANEÇA na competição. Aquele que somar mais pontos no Campo Platônico permanecerá no I Concurso de Poesia Autores S/A e se classificará para a Grande Final. A enquete será encerrada amanhã (domingo), às 02:00 horas da madrugada. Portanto, votem! Votem muito, dia adentro, noite afora!
O Velho: Parabéns! Você já está na Grande Final do I Concurso de Poesia Autores S/A. Quem se unirá a você nesta finalíssima? Ivanúcia Lopes ou León Bloba?

Desejamos muita boa sorte e perseverança aos ''platonizados''!  Boa disputa! Vale vaga na Final!
O que acharam do Top 3?
Obrigado, Autores S/A. 

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