quinta-feira, 17 de junho de 2010

Cremogema no Valentine's Day. Provas cabais!!








 Ainda sob os efeitos do bombardeamento de textos e imagens relacionados ao tema "AMOR", por conta do Dia dos Namorados que chegaram nos estilos mais variados, entre depoimentos de alegria, micos, frases feitas, citações, cartas de declaração, filmes,canções, presentes ideais e outros nem tanto ( que tal tema e tal data evocam), eis que me vi repentinamente sob a mira debochada daqueles que duvidaram da minha manifestação desiludida de carência e de afeto, quando comentei que só sobrevivi à melancolia e ao complexo de inferioridade por  estar só em tal data, quando resolvi aquecer meu coração solitário saboreando colheradas de um prato de cremogema em algum lugar nos idos dos anos 90.  Exigiram a prova! Acharam que eu estava fazendo fita ou tentando ser engraçada; que eu estava mentindo! Por isso, antes de postar a prova irrefutável que me foi exigida, quero lhes contar como aconteceu tal "celebração" à base de mingau de milho com canela.


Na época de tal ensejo, eu vivia nos Estados Unidos e dividia um apê com uma brasileira também solitária. Estávamos beirando a fase balzaquiana e totalmente desiludidas por paixões e ficadas efêmeras que nunca nos traziam de volta o príncipe encantado com um dos nossos sapatos de cristal perdidos nos encontros e desencontros da vida. Só apareciam "roubadas". Lá é muito natural, os ditos "blind dates", em que seus " muy amigos" estão sempre querendo ser um Eros para flechar seu coração, quando tentam te encaixar num encontro às cegas, com aquele amigo que eles têm, que também está em busca de achar sua dita alma gêmea; e VOCÊ, que também está sozinha, é SEMPREPAR PERFEITO para aquele bofe que eles também querem desencalhar, para não terem mais uma vela ou candelabro ao lado quando saem. Enfim, não posso nem lembrar de quantas gargalhadas eu dei ao assistir minhas amigas com cara de tacho, ao se empetecarem para um jantar à luz de velas com algum gato, que no final era um pato. Eu sempre fui esperta. Me recusava até a morte a ter que passar por isso.

Mas voltando ao que interessa, nossa amiga Mônica (desculpe amiga, já que o fato é real, preferi não te dar um nome fictício) que também estava na busca, nos contou que uma tia lhe disse certa vez, que para aquecer um coração que está frio e solitário, nada melhor do que um prato de mingau, debaixo das cobertas. Você se sente confortado, no colinho da mamãe e dorme com os anjinhos para esquecer...

 Eu e a Ira, minha roommate, resolvemos então, no Valentine's Day, que lá é celebrado em 14 de fevereiro e foi um atípico dia de muito frio (morávamos na muy caliente Flórida), celebrar a nossa falta de namorado, "antes só do que mal acompanhado", fazendo um mingau de Cremogema, que compramos numa loja que vendia produtos brasileiros.

Me lembro que era um custo achar coisas relacionadas ao Brasil. E aí, que abriram uma loja  que alugava cds e vídeos (ainda estávamos na era do vídeo), com capítulos de novelas e seriados para que pudéssemos assistir. Internet e celular ainda não eram um plus. Resolvemos alugar o seriado "A Muralha", e foi assim que passamos o nosso Valentine's. No final foi tudo tão divertido que decidimos eternizar esta cena com estas fotos. Eis a prova para aqueles que duvidaram da minha idoneidade: voilà!
Viram!
Acreditam agora?
Fiz uma colagem especialmente para o álbum que fiz lá mesmo. E aí, gostaram?
Podem acreditar que funciona. Dormi feito um anjinho depois do mingau.

7 comentários:

Lohan Lage Pignone disse...

kkkkkkkkkkk

Super post, mais cabal, impossível! Andrea, eu pensei que fosse sacanagem sua, mas é vero!! Nossa, precisei ampliar essa foto, essa foto é histórica! Está nos anais do Autores S/A!

Você me convenceu: Cremogema é melhor que o de aveia, rs.

Beijão my friend!

Armando disse...

Oi Andréa! Eu não tinha entendido a receita do Cremogema, mas agora haja visto que é uma prática científicamente comprovada..rs Acho que vou experimentar... meu coração bobo é um coração bola... ora entra amando no gol, ora apanhando..rsrs... apesar de que amando ou apanhando, de um jeito ou de outro sempre marco um gol..rsrs... afinal tudo é aprendizado, não é mesmo?.. sempre aprendemos alguma coisa ganhando ou perdendo.

Quanto à minha recente postagem preciso te dizer que apesar de ter morado alguns anos no interior da mata Vargem Grandense, no pico do caminho da Toca Grande (foi minha faculdade com pós graduação e mestrado..rsrs) e conheci muitas espécies de plantas e árvores e, que este conhecimento até hoje me auxilia nos atendimentos acupunturais, no entanto não conheço tantas plantas assim...

muitas das plantas e árvores que encontramos no poema PEDRA BRANCA foram pesquisadas conforme suas, respectivas, sonoridades poéticas e deveria ser um poema que falasse absolutamente de vegetais da mata atlântica, no entanto, por sugestão do compositor, meu amigo Charley, que musicou o poema, precisei incluir "SAGUÍS" (que é o único animal da canção, uma espécie de pequenos macaquinhos) para ter uma concordância poética harmonica com os acordes musicais. Já as plantas "tipuana e agapanto" te peço, por favor, que veja no google/wikipedia as fotos, pois ainda não sei como copiar e transferir prá cá...rs... acredita nisto? preciso fazer curso de informática urgente..rs Se não fosse o Lohan quase desistia de postar por ainda ser um pouco bicho-do-mato..rsrs

Bem, fico feliz por ter uma parceira aqui no blog que curte plantas assim como eu. E concordo contigo que elas já são poesia pura e viva. E principalmente, Graças à Deus, medicinais.
beijo grande! tudo de bom prá ti! Andréa querida!

Armando disse...

Oi mana Andréa... em tempo quero me retratar pois além dos "saguís" temos, outros animais no Poema Pedra Branca.. que são as garças, os quatis, cigarras, canários e o louva-deus... me desculpe... acho que viajei me lembrando do momento da criação e da alteração que fiz, um pouco contrariado, deixando Charley acrescentar os sanguís no poema..rs
bjss

Rayanna Ornelas disse...

Que linda e doce(!) história! Me inspirei a modificar meus dias!
Parabéns!

Simone Prado disse...

(rsrsrsrs...)Andrea, sua doidivana!!!!!! Não aguentei e tive que rir com a sua história!!! Esse post está a sua cara! Só vc mesmo (rs)
Beijusssss... lindona
Si.

Ana Beatriz Manier disse...

Andrea,
Você é uma figura! Curar carência com mingau de Cremogema? Pelo menos uma caixa de Godiva!!!
ana.
A montagem da foto está ótima!

Camila disse...

Andrea, acredita que depois de ler seu post tive que preparar um prato de cremogema pra mim? Sério!!! Nunca soube que cremogema era bom pra curar solidão, mas ficadica! Não é toa que o slongan era: "Cremo, cremo, cremo, cremogema, é a coisa mais gostosa desse mundo..." kkkkkk
Beijos!