quarta-feira, 7 de abril de 2010

Eu...



Eu...
O meu eu
Nítido
Cervantesco
Não sabe se libertar
Das masmorras do grotesco
O meu eu
Niilista
Centrista
Não pode encantar o seu eu
De artista
Eu que não há quem resista
Eu que coexiste com a minha loucura
E me pendura
Nos cabides do teu vermelho coração.
Eu ninfomaníaco
Eu cego.
Meu lírico
Que te escreve.
Eu...

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